A QUESTãO DO TABU

A praia sempre nos serve de inspiração… Numa cadeira confortável, protegidos do Sol, sob o hipnótico balançar das ondas… muita coisa se produz, mas também se esquece muito…

Foi assim que decidimos, há dois anos atrás criar um livro de contos… A idéia não morreu, porque as idéias não morrem nunca, apenas adormecem. Entretanto, o nome do livro, tão original, tão elaborado, se perdeu entre as espumas da praia e da cerveja…E foi por isso, que nesse verão frutífero, decidimos colocar em prática e criar esse blog.

O assunto é amplo, mas surgiu de uma discussão que sempre gera polêmicas: o CU. Ele mesmo, aquele buraquinho…Discutimos o quanto é difícil para as pessoas falar sobre o CU e o quanto aprendemos, desde pequenos, a considerar o CU como um lugar sujo, pecaminoso, proibido e quantas dificuldades surgem no seu “entorno”.

Vejam vocês:

• Quantos são os homens que se recusam a fazer o exame da próstata, o “tal” do toque retal, tão importante para o diagnóstico do câncer, por medo de se transformar em viados ou perder a masculinidade?
• Quantas mulheres se recusam a praticar o sexo anal, por medos, fantasias e preconceitos?
• Quantos homens se recusam a praticar sexo anal com suas companheiras, levados pelos mesmos preconceitos, fazendo-o somente com profissionais do sexo ou profissionais do escritório, deixando para suas esposas o sagrado e tedioso “papai e mamãe”?
• Quantas mães não orientam as filhas a jamais permitirem que um homem penetre seu ânus, considerando uma prática vulgar e herege?
• Quantos homens heterossexuais se recusam a “levar um fio-terra” de suas companheiras? Quantos homens homossexuais se recusam a ser passivos pelos mesmos temores?

São essas e muitas outras questões que nos levam a pensar que, de fato, o assunto “CU” é um grande TABU. Foi então que nos propusemos a falar publicamente sobre isso, ou seja, falar sobre “o Tabu do CU”.

À medida que fomos estruturando nosso repertório, percebemos que não deveríamos falar apenas do CU (embora seja ele a “estrela” do nosso blog)…Percebemos que existem diversos assuntos que são Tabu em nosso meio e que deveríamos explorá-los… Refletimos o quanto o Tabu interfere na vida das pessoas, impedindo que elas sejam felizes. Enfim, percebemos que “O TABU É UM CU”.

Pronto: está fundado “O CU do Tabu”, em francês é lógico, não só pela essência “chic”, mas pela consideração e pelo respeito aos antropólogos e sociólogos franceses, que tanto dedicaram de suas vidas à compreensão dos processos culturais dos reles mortais.