Blog do Doutor Fofinho

"Tudo começou há algum tempo atrás na Ilha do Sol..." Há muitos anos eu montei esse blog, dando o nome "Le Cul du Tabou", inspirado por uma amiga, para falar sobre o tabu das coisas. Ganhei muitos seguidores, mas desde 2018 não escrevi mais nele. Estou retomando, agora com novo nome, o "Blog do Doutor Fofinho", muito mais a minha cara, minha identidade. Sejam bem vindos.

Tuesday, September 08, 2009

FESTAS, FESTEIROS, FESTIVOS, FESTÃO, FEZES...MERDA!


Tenho ido a algumas festinhas domiciliares ultimamente. Já fiz várias delas em minha casa, com boa comida, bons amigos, boa música. Cheguei a contratar DJ para animar algumas delas. Essa preferência por festas desse tipo surgiu porque estava “empapuçado” do vuco-vuco das casas noturnas, com suas filas, suas aglomerações, seus preços abusivos. Sempre gostei muito de dançar, de curtir a noite, tomar uns drinks, sair com os amigos. Mas toda aquela “função” que envolve saídas noturnas foi me cansando.

Acho que foi nesse momento que passei a fazer pequenas noitadas em minha casa ou na casa de outros amigos. Até “globo de discoteca” cheguei a comprar para animar os eventos... E por um tempo foi legal, mas à medida que foi crescendo o “público”, cresceram as fofocas, as competições e a desagradável necessidade de suportar o convidado do convidado que veio curtir a boca-livre. E de repente vi minha casa transformada em boate, como todos os seus inconvenientes.

Não foi uma decisão consciente, mas à medida que essas festinhas foram perdendo o sentido, “encolhi” mais o menu: passei a organizar jantares para pequenos grupos de pessoas. Minha fama de bom cozinheiro e anfitrião se alastrou e, de repente também me vi “integrado” numa rede de amigos com jantares, almoços, happy-hours e after-hours integrados. Conheci gente legal, fiz excelentes contatos, me diverti bastante... Infelizmente vejo o dilema se aproximando: à medida que a coisa vai ficando mais “séria”, vai crescendo o número de interessados e, com eles, ou dentro deles, os “chatonildos”... O amigo do amigo, a mãe do amigo, o periquito do amigo...uma gama de pessoas que acabamos sendo obrigados a engolir, porque, de novo, a proposta original sucumbiu às convenções e obrigações sociais.

Fica chato não convidar Ciclano. Se Ciclano vai, não posso deixar de convidar Fulano e Beltrano, porque eles vão ficar chateados. E assim vai se formando uma “rede de amigos dos amigos” e o resultado é o mesmo que ir a uma balada: uma grande aglomeração. A diferença é que, na balada, não somos obrigados a cumprimentar todo mundo, a dar risada de piadas sem graça e nem a distribuir beijinhos de Judas. Além disso, percebi o seguinte: precisamos da balada vez ou outra. Essa aglomeração, essa impessoalidade, essa energia contagiante da música, da bebida, do ambiente “promíscuo” serve para lavar nossa alma de vez em quando.

Mas não quero ficar falando das baladas. Daí veio à minha mente uma música do Culture Club, na voz de Boy George, “Make mistake number three”. Não sei se cometi o “erro número três” ou se cometi pela terceira vez consecutiva o mesmo erro. Talvez tenha até errado muito mais vezes do que isso, porque há tempos tenho frequentado essas festinhas domiciliares...

É das últimas três que desejo falar. Até porque elas aconteceram no intervalo de uma semana apenas. Inacreditável. Todos os que me conhecem, ao menos lendo meus escritos nesse blog, têm ao menos uma breve noção da minha “acidez”. Sou sarcástico sim, sou irônico sim, sou ardiloso muitas vezes e, graças aos meus “dotes” com a escrita, tenho grande facilidade em exercer meus “predicados”... Mas quem é que não destila um veneninho em festas, recepções, comemorações? A diferença é que as pessoas não falam tanto ou, falam menos. A diferença é que não são sinceras. Por diversas vezes me deparei com situações onde fui, naturalmente, o porta-voz de situações que muitos consideravam desagradáveis ou inaceitáveis, mas ninguém tinha coragem de revelar. O problema é que eu revelo a minha insatisfação e os outros vêm comigo.

Isso não é novo em minha vida. Isso sempre aconteceu, desde minha tenra idade. Será que isso acontece porque sou filho de Xangô, o Deus da justiça, e não consigo observar passivamente os acontecimentos? Ou será porque sou do signo de Escorpião e adoro distribuir veneno e ferroadas por onde passo, por se tratar da minha essência? Ou será porque meus pais sempre foram tão agressivos e repressores que sinto necessidade de extravasar minha fúria? Talvez qualquer coisa disso, talvez um pouco de cada coisa.

Será que eu tenho que mudar? Será que tenho que aprender a suportar calado, como a maioria das pessoas faz? Devo abaixar a cabeça às contrariedades e simplesmente tolerar o que não gosto e não concordo? Ou devo me isolar completamente?

A resposta está nas baladas. Acho que vou mergulhar no mundo dos bares e boates pra me divertir. Pelo menos só pagarei a minha própria conta.

E pra vocês....

“Make mistake number three”
(Culture Club)
You can't bystand all the people
Stand them on their own
They will fall to pieces
So we watch them grow

Into strange and pretty faces
I don't know
Clutching to my lipstick traces
Watch them go

And make Mistake Number Three
make Mistake Number Three
make Mistake Number Three
make Mistake Number Three
(Mistake Number Three)

It's strange how much it changes
How they want to know
How cynical are people
That's where children go

Dragged into a conversation
They can't hold
Its so sad but it prepares them
For the mould

They make Mistake Number Three yeah
make Mistake Number Three
make Mistake Number Three yeah
They make Mistake Number Three
(Mistake Number.....)

Why is my love like an ocean run dry?
And why is my love such a struggle with life?

You can't bystand all the people
Stand them on their own
They will fall to pieces
So we watch them go

Make Mistake Number Three yeah
make Mistake Number Three
make Mistake Number Three yeah
They make Mistake Number Three
Making Mistakes
Oooooh yeh
Mistake Number 3
Thats Mistake Number Three
Mistakes you made, mistakes you made, mistakes you made with me
Mistake…

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