A VIDA E SEUS TRANSTORNOS

Já se passou bastante tempo da última vez que coloquei meus dedos para correr os teclados com o objetivo de “alimentar” meu blog... Mais de dois meses... E nesse tempo passei mergulhado em compromissos burocráticos insanos e, ao mesmo tempo, seco de inspirações literárias...

Não que eu esteja transbordando hoje, como a mulher do filme “Rio quente sob uma ponte vermelha”. Mas sinto que as pequenas gotas de inspiração que nutrem a minha alma começam a pingar na minha existência.

Da última vez que escrevi, foi para pedir desculpas pelo transtorno causado por ter removido alguns textos. Hoje, saudoso de inspiração, resolvi “dar uma passada” por aqui e parei para pensar nos transtornos da vida e imaginei que transtornos são bolas. Bolas, bolinhas, bolonas, sempre a bloquear nosso caminho e causar percalços, transtornos.

A esposa de um amigo comentou que, logo ao se casar, passou a ter umas estranhas reações alérgicas, com coceiras e comichões pelo corpo. Até que um dia foi deitar e acordou sufocada, com uma “bola” na garganta. Estava vermelha, inchada e não bastasse acordar sufocada, deu de cara com o marido empunhando um facão na intenção de fazer uma traqueotomia...

Eu também tenho as minhas “bolas pessoais”: pessoas, coisas, problemas que se colocam como grandes bolotas no meu caminho, atrapalhando a minha viagem. E não bastassem essas bolas, tratei de concretizar a metáfora e comprei uma daquelas bolas enormes de fazer ginástica. Até que é agradável fazer alongamentos com ela. O problema é que ela não cabe em lugar nenhum, ocupa um enorme espaço e me faz tropeçar cada vez que tenho que abrir meu armário!

Mas realmente o que é uma bola de plástico? Nada perto de tantas outras. Eu prefiro ser afogado por mil dessas bolas do que ter de volta muitas das bolas que “encestei” pelo caminho...

Tenho uma amiga que se sente uma bola. Ela nem é tão gorda. É uma gordinha simpática, com seu charme, sua elegância. Mas basta entrar numa loja de roupas e se deparar com a impossibilidade de comprar roupas que lhe sirvam que ela entra em surto: “Eu sou uma bola, uma grande, enorme, gigantesca bola!”

Tenho uma outra amiga que tem uma bola. Sim, uma bola dentro dela. Não é uma bola na garganta, nem que ela seja uma bola...Tampouco é uma bolona. É uma coisinha assim ó... de nada, minúscula, mas que está querendo fazer um estrago.

O grande problema das bolas é que, não importa o seu tamanho, elas se acham poderosas. E tentam nos derrubar. Temos que aprender a lidar com as bolas em nossas vidas e aprender a coloca-las em seus devidos lugares, quer seja o lixo, a cesta, o ralo, o esgoto.

Enfim, para todos aqueles que sofrem de “bolas” que vocês tenham força, coragem, determinação para essa guerra!!!!