Blog do Doutor Fofinho

"Tudo começou há algum tempo atrás na Ilha do Sol..." Há muitos anos eu montei esse blog, dando o nome "Le Cul du Tabou", inspirado por uma amiga, para falar sobre o tabu das coisas. Ganhei muitos seguidores, mas desde 2018 não escrevi mais nele. Estou retomando, agora com novo nome, o "Blog do Doutor Fofinho", muito mais a minha cara, minha identidade. Sejam bem vindos.

Wednesday, September 12, 2007

COM QUANTAS RATATOUILLES SE FAZ UM HOSPÍCIO?


Caro leitor, isso não é um engano. É claro que a palavra ratatouille diz respeito a um prato típico francês, maravilhoso por sinal. A palavra surgiu de uma junção de termos que, por fim, querem significar uma “mistura de tudo, de um modo tosco" e diz respeito a um prato preparado da mistura de diversos vegetais em terras camponesas.

Esse termo tem ficado mais famoso na nossa inculta cultura por causa do filme com o mesmo nome, onde um ratinho francês se torna chef de cozinha.

Mas hoje não vou falar de culinária, nem de cultura francesa, nem do lindo desenho animado. Apenas vou emprestar de tudo isso o nome para designar um tipo de pessoa louca, desorganizada, desestruturada e, como a rataouille, uma “mistura de tudo”, de um modo tosco, impensado. Aliás, não fui eu quem emprestei nada. Foi minha amiga e co-criadora desse blog, a Dra Dezinha.

Resolvi falar disso hoje porque tenho encontrado várias ratatouilles pelo meu caminho. Gente louca, sem noção, sem respeito aos limites alheios. Embora goste muito da comida francesa, devo dizer que estou farto de ratatouille!!!!

Sempre digo que devo ter bebido caipirinha do Cálice Sagrado, que arrotei na Santa Ceia e que em outras encarnações devo ter trabalhado na Santa Inquisição, queimando bruxas na fogueira ou no Terceiro Reich, arrancando unhas de garçons, porque as ratatouilles me perseguem!!!

Mas eu tenho notado que as ratatouilles têm várias coisas em comum e peço a vocês que visitem minha outra postagem, onde abordo uma dessas criaturas em “Lord Akward Bizarre” e “Volta pro mar, oferenda”, sem dúvida uma perfeitas ratatouilles. Seguem abaixo as recomendações para que vocês reconheçam mais facilmente esses seres:

(1) Geralmente a beleza não é um atributo das ratatouilles. Isso não quer dizer que todas sejam feias, mas que todas não são exatamente bonitas. Podem até ser até “bonitinhas”, na acepção metafórica do termo, querendo dizer uma “feia arrumadinha”;
(2) Na maioria delas, o cabelo é rarefeito e encaracolado. Pelo menos na minha amostragem. Pode ser que fosse esse o critério que eu usasse para queimar bruxas na fogueira, o tipo de cabelo “despinguelado”. Cuidado pra não serem enganados pelos “falsos volumes”, porque cabelos encaracolados e rarefeitos são facilmente trasnformados em jubas com os atuais recursos da estética;
(3) Apresentam um discurso repetitivo e perseverante, cheio de redundâncias e contradições;
(4) A voz é geralmente intragavelmente irritante;
(5) A maioria delas descende da dinastia “Nouveau Riche” ou um “Comme il faut”, o que pode até ser redundante, porque pode servir para explicar a voz irritante, a falta de modos, entre outros atributos fatais.

Bem leitores, acho que é isso. Só pra lembrar que ratatouille, embora tenha servido pra designar uma criatura em particular, acabou sendo útil para ilustrar todo um modo errado de ser e de viver. E como sou generoso, é também um presente para que vocês reconheçam esses seres e fujam deles! Voilá!

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