Blog do Doutor Fofinho

"Tudo começou há algum tempo atrás na Ilha do Sol..." Há muitos anos eu montei esse blog, dando o nome "Le Cul du Tabou", inspirado por uma amiga, para falar sobre o tabu das coisas. Ganhei muitos seguidores, mas desde 2018 não escrevi mais nele. Estou retomando, agora com novo nome, o "Blog do Doutor Fofinho", muito mais a minha cara, minha identidade. Sejam bem vindos.

Sunday, May 30, 2010

“WE’LL ALWAYS HAVE PARIS”




“J’ai deux amours, mon pays et Paris, par eux toujours, mon coeur est ravi”
(J’ai deux amours, Joséphine Baker)











Estipulei que seria setembro. Lindo mês, outono em Paris, temperatura agradável, baixa temporada, mas um amigo fez o favor de adiantar minha viagem, ao viajar à Europa a trabalho por todo o mês de maio. Teve a “audácia” de dizer que queria conhecer Paris comigo e sugeriu que eu fosse no final do seu curso. Dois dias depois a passagem já estava comprada.

Nesse recheio entre a decisão e a data de partida, Manhattan já me esperava. Encontrar o primeiro e único amor na segunda cidade mais amada. Mas Manhattan perdeu suas luzes perante o céu de Paris que já rodeava minha cabeça. O bom de New York é que podemos estar em Paris lá: Bistrôs, comidas chiques, grifes e perfumes franceses. É possível estar em Paris estando em Manhattan.

Aliás, como disse a rainha Madonna, durante a Confessions Tour, ao cantar “I love New York” em diferentes cidades, “New York é um estado da alma”... Eu acho que Paris é um “estado da alma”. É possível estar, sentir, viver, cheirar, beijar Paris em qualquer lugar que se esteja. E desde que comprei a passagem, Paris invadiu a minha alma. Mudam as roupas, mudam as comidas. Cheguei a reformular a proposta de um jantar mexicano em casa para fazer quiches com salada e vinho tinto...francês!

Fiquei lembrando da Juliette Binoche, do Petit Nicolas, dos filmes que já vi, das pessoas e dos lugares que conheci quando estive em Paris. Um “reapaixonamento”. Vasculho novas coisas a descobrir, programo visitas a lugares novos, me vejo cozinhando na pequenina cozinha do apartamento que aluguei no Marais.... Sou apaixonado, escravo-prisioneiro dessa paixão por Paris.

Gosto de São Paulo. Nasci e me criei aqui mas, definitivamente não é uma cidade bonita. A beleza de São Paulo está no estreito quadrilátero por onde passo os meus dias e algumas outras raras exceções pela cidade. Mas esse meu “coma parisiense” se fundiu a um estranho clima da cidade proporcionado pela lua cheia. Na noite paulistana, algo que eu nunca havia visto ou percebido ocorreu: um céu azul-marinho bem parisiense e uma lua linda, luminosa, clara, enorme, pendurada na parede do céu como uma obra de arte. E era como se os raios desse luar mágico, como no filme “Feitiço da Lua”, aspergisse ondas de amor e luxúria pelos quatro cantos da cidade. Via vários casais – homem com mulher, homem com homem, mulher com mulher – se atracando encostados em postes, bancos de praças, muros de escolas. Ontem fui a um bistrô francês com uns amigos, o La Tartine. Sem dúvida é um dos lugares que mais gosto de ir em São Paulo, pelo tanto que me lembra Paris, principalmente quando o acordeonista toca, de modo chorado, “Sous le ciel de Paris”:

"Sous le ciel de Paris / S'envole une chanson / Elle est née d'aujourd'hui / Dans le coeur d'un garcon / Sous le ciel de Paris
Marchent des amoureux / Leur bonheur se construit / Sur un air fait pour eux”

(“Sob o céu de Paris voa uma canção / Ela nasceu hoje do coração de um joven / Sob o céu de Paris caminham os amantes e sua felicidade se construiu sobre uma atmosfera feira pra eles”

A música não tocou,mas valeu assim mesmo. É bom poder atracar a alma em alguns portos amigos enquanto ela voa a caminho de Paris. Saímos de lá e fomos a um bar que costumava frequentar, o Gourmet. E como diz a letra da música “Severina Noite”, “cada ser tem sonhos à sua maneira”, é lógico que o Gourmet me lembra Paris. Velho, apertadinho, escuro, com vários posters de filmes, música boa. Gente comum, sem patricinhas, mauricinhos, barbies e fashionistas. Gente de verdade.

Fiquei reparando as pessoas. Não as roupas que vestiam, nem os músculos que portavam. Reparava na interação libidinosa que ocorria nessa parisiense noite de lua cheia em São Paulo. Fiquei acompanhando as trocas de olhares, os sorrisos afetuosos, a mordiscadinha de lábios traduzindo desejo. Vi gente percorrendo essa trilha e saindo acompanhada. Vi gente percorrendo essa trilha várias vezes e continuando sozinha. Acho que a lua de Paris não sorri para todos. É preciso que a alma esteja em Paris.

Não vejo mais brasileiros no bar. Era como se estivesse no subsolo de um barzinho simpático no Marais. Não existem mais paulistas, baianos, mineiros, recifenses. Vejo as bichinhas francesas com suas pólos Lacoste, suas calças justas e suas cashemiras vermelhas amarradas no pescoço. Vejo imigrantes árabes com seus traços fortes e atitudes virilizadas. Vejo turistas americanos com cara de soldados passeando pelos bares e ruas de Paris. Falta só uma coisa. Não, não falta nada. Agora é proibido fumar em Paris. Sim, cigarro faz mal pra saúde. Mas aquela névoa que pairava nos ambientes dava um charme unicamente parisiense.

Na minha viagem a Paris em Sampa, perdi a noção da realidade. Não sei se aconteceu ou não, mas ouvi um grupo de pessoas falando francês. Viajei no tempo? Na maionese? Saindo do bar, a lua continuava lá. Sim, ainda estava em Paris. E vi o “francesinho” de cachemira vermelha na porta, fumado um cigarro, de um jeito bem francês. Conversava com o árabe e, de repente, saíram de mãos dadas, subindo a rua da Consolação. Definitivamente eu estava em Paris.

Se de um lado se pode viver de ilusão, é claro que não se pode viver pra sempre. Mas não quero deixar de estar em Paris, ver a cidade suja, o trânsito caótico, as casas antigas demolidas, os parques e jardins abandonados. Não quero ter que ir trabalhar, não quero ir ao banco e nem ao lavarápido. Quero ser feliz em Paris. Preciso alimentar meu francesismo, minha parisfilia, minha francofilia. Que bom que faltam apenas três dias para o estado da alma se juntar com o estado do corpo.

DICAS DE PARIS




parc de la vilette

canal saint martin 

Das cidades que conheci, Paris ainda está em primeiro lugar em beleza, charme, atitude. Amo Paris como amo meu grande amor, meus melhores amigos e meus sobrinhos.

Muita gente fala mal de Paris, reclama dos parisienses, mas eu não tive nenhum problema com eles. Desde minha primeira ida a Paris em 2004, passei a enviar emails contendo essa lista de dicas, que venho atualizando como posso. Sendo assim, decidi publicar no blog para ampliar o acesso e multiplicar o amor por Paris....


Aqui vão algumas dicas de Paris para vocês...
Se não estiver de carro e for andar de metrô, se vai ficar vários dias, compensa comprar o bilhete de metrô semanal, pois você pode usar o bilhete várias vezes, sem limite. Existe também o bilhete mensal que sai muito mais barato. Leve algumas fotos 3x4 pra grudar na carteirinha do metrô. Agora a tal carterinha se chama Navigo e você tem que comprá-la no guichê para abastecer depois


Se você estiver viajando com mais pessoas, talvez compense pegar um táxi, que custará aproximadamente 60 Euros. Caso esteja sozinho e não queira gastar muito, dirija-se à parte de fora e pegue o ônibus da Air France (custa muito mais barato que o táxi e para exatamente na Avenue Carnot, em frente ao Arco do Triunfo e na porta do Metrô (Estação Charles de Gaulle – Étoille), da Linha 1 – Amarela que tem, em minha opinião, os destinos mais importantes da cidade. A viagem de metrô do aeroporto à cidade, embora seja mais demorada, é bastante tranquila e custa cerca de 10 euros.

Recomendo que você compre um pacote de dados da sua operadora  para usar o o celular ou tablet com seus mapas.
Se você ainda desfrutar da graça de ter até 29 anos, tire a carteirinha de estudante porque tem descontos em algumas coisas, como shows e museus.
Cuidado com os táxis, porque no final de semana após meia-noite é quase impossível pegar um !!!
Para quem fica poucos dias, talvez valha à pena pegar aqueles ônibus turísticos abertos, que passam nos principais pontos, geralmente dá pra descer e visitar e seguir no próximo ônibus….
Cuidado com a bolsa ao andar na Champs Elysèes, porque tem uns caras que roubam bolsas! Embora não seja meu passeio predileto, é uma linda avenida que vale visitar, com as lojas, as grandes grifes, o Arco do Triunfo…. Aliás, subir no Arco num dia ensolarado é uma aventura fantástica, porque você tem uma visão muito ampla da cidade. Basta vencer o desafio de subir aqueles milhares de degraus da escada íngreme....

Esqueça o mito de que os franceses não falam inglês. Estamos no tempo da globalização e até mesmo eles sabem que o francês não é a mais a língua mundial. Hoje em dia tem muitos imigrantes hispânicos e portugueses que trabalham no comércio e estão sempre prontos a nos ajudar. Além disso, tente se colocar no lugar deles: Paris é a cidade que mais recebe turistas no mundo e tente se lembrar dos inadequados brasileiros e suas histórias fantásticas de sair sem pagar a conta, entrar nos banheiros de restaurantes sem pedir para usar, pular catracas de metrô e nunca deixar gorjeta; pode pensar também nos turistas americanos, chatos, inconvenientes, que mastigam de boca aberta, falam alto e são pedantes. Em geral os garçons e atendentes falam inglês na boa, nos restaurantes, lojas, mas geralmente eles esperam a gentileza de começarmos com uma saudação em francês. Portanto, para a comunicação ficar mais fácil, comece com “Bonjour!” ou “Bonsoir!” e depois pergunte “Do you speak English?”. Você verá que um “novo” parisiense se abrirá à sua frente.
A Revista Time Out tem uma versão para Paris, e fornece a programação de shows e eventos,porque sempre tem bastante coisa disponível.
Quando estiver sozinho de noite, vá ao cinema. Na Champs Elysées tem vários cinemas com horários até tarde, inclusive alguns alternativos nas proximidades.
Velib. Já faz alguns anos que a cidade implantou um sistema de bicicletas pela cidade. Você faz um cadastro num dos estacionamentos de bikes e recebe um cartão com um número de inscrição e cadastra uma senha. Cada vez que você vai pegar uma bike, digita o código, a senha e escolhe o número da bicicleta que vai usar. Cheque antes se ela está lá, se ela está em boas condições e voilá… Saia pela cidade. O trânsito não é maluco como SP e eles respeitam os ciclistas… É uma aventura e tanto, além de ser saudável e econômico! Um plano de 7 dias custa alguns euros. Além disso, caso não ache lugar para atracar a bicicleta, você pode usar a cordinha de aço que vem nela e amarrar em árvores e cercas. Cuidado: não li nada a respeito, mas parece que deve ser proibido prender motos e bicicletas nos postes, porque não vi ninguém fazendo isso.

Para se hospedar, dê preferências às redes mais modernas, como o Citadines, que tem quartos de vários tamanhos a preços razoáveis. Cuidado com os hotéis muito baratos: muitos deles ainda não possuem banheiro privativo e nem elevador... Tem um muito charmoso chamado Le 9 Hotel, que é um hotel boutique, pequenino, com preço legal e muito charmoso. Um outra opção é alugar apartamentos pelo site www.waytostay.com e no Airbnb. Cuidado apenas com a localização e de verificar se o prédio tem elevador e se está num andar acessível, caso não tenha. Em geral sai mais barato que hotel e eu tenho preferido, porque dá pra se sentir mais "em casa", mais à vontade...
Comer em Paris
Já ouvi muita gente falar que comeu mal em Paris, mesmo gente “endinheirada”. Isso geralmente é resultado de uma fusão de falta de informação, do “medo turístico” que leva a ir onde todo mundo vai, como Mc Donald’s, KFC, etc e “cafonice intrínseca”, como diz a música da Liana Padilha. Eu tive raríssimas experiências de comer mal em Paris. Mas o absoluto contrário é bem verdade: cada vez descubro uma coisa mais fantástica que a outra, além dos clássicos que repito sempre!
Em primeiro lugar: cuidado com aqueles restaurantes “pega-turista”, que cobram um café horroroso por 20 euros! Roubada! E evite as redes de comidas, como o Bistro Romain, o Chez Clément, o Pino Pizza entre outros, porque tem uma comida que vai de normal a ruim com preços nada bons!
Se o budget é pequeno, recomendo comprar coisas em supermercados e comer no hotel mesmo. Queijos, pães, geléias, comidas prontas, frios, doces, terrines.…tudo é delicioso.
Pouca gente sabe, mas a água da torneira em Paris é potável. Você pode beber no hotel, nos apartamentos e nos bebedouros públicos que estão espalhados pela cidade (são verdes, em estilo Art Noveau). Também não é ofensa pedir um copo d’água na porta de um café ou bar e, quando se vai a um restaurante, pode-se pedir “eau de carafe” (com C mesmo, “água de garrafa”), ao invés de pagar, em media, dez euros por uma Evian ou Perrier.
Gorjeta (“pourboire”): do mesmo modo que nos EUA e em toda a Europa, a gorjeta não é incluída na conta, como no Brasil. Cada país tem sua regra sobre o quanto se deve dar, mas o mais importante é dar alguma coisa! Não faça como a maioria dos turistas brasileiros inadequados que saem sem deixar gorjeta! Na França, em geral um gorjeta considerada boa é cerca de 10% da conta (Não se esqueça que pagamos 11%...). Em alguns casos em que o serviço é ruim, pode-se ficar à vontade para deixar uma “gorjetica” ou nem mesmo dar nada…
Lembrem-se: Paris não é São Paulo! Habitualmente se janta mais cedo na França e muitas vezes convém reservar o lugar para não perder a viagem!
1- Le Relais de l´Entrecote
(http://www.relaisentrecote.fr/)
2- Le Bouquet des Archives
31 Rue Archives, Marais.
Restaurante baratinho, simpático, com comidas gostosas e bom atendimento. Os garçons também falam inglês e alguns falam espanhol. Fica Marais, que é o bairro gay+judeu. Minha sugestão é a tábua de queijos (“Asiette de Fromages”) e o Steak Tartare Poelé (carne crua temperada, mas ligeiramente passado na frigideira)

3- Georges
Place Georges Pompidou
Restaurante que fica no topo do Museu Pompidou no centro de Paris. Fantástico, um pouco caro,mas muito agradável. Compensa ir num dia bonito, porque a vista é fantástica! Não é preciso entrar no Museu pra ir ao restaurante. A entrada fica na parte mais baixa do museu, num elevador separado.
4- Buddha Bar
8 Bis Rue Boissy d'Anglais (“bis” significa que é o número repetido… Portanto é 88)
Ambiente chique, estilo “lounge”, mas convém reservar para jantar. Dá para ficar no bar e comer uns petiscos e tomar champagne. Só tem que ir de sapato, porque não entra de tênis. Apesar de ser muito bonito, é um passeio tipicamente “brasileiro”. E dizem que há bastante prostitutas querendo se dar bem com turistas idiotas...
5- Bar do Hotel Ritz
15 Place Vendôme
O Hotel Ritz é um dos mais luxuosos de Paris. E tem um restaurante (L'Espadon) e três bares Fantásticos (Ritz Bar, Hemingway Bar e o Vendôme). É claro que é muito caro, mas acho que dá pra tomar uma taça de Kir Royal e ir embora. Aliás, não tenham vergonha de beber Kir Royal, tampouco vinho Rosé, porque não é cafona bebe-los em Paris! O Kir é uma bebida feita com champagne e licor de cassis. As duas foram muito famosas no Brasil até os anos 70, mas depois ficaram com fama de “cafona”. Em Paris não é nada disso. São bebidas clássicas! A piscina do Ritz é um espetáculo. E para os “abonados”, dá pra pagar uma diária de 150 euros e usar a piscine numa boa… 

6- Confeitaria Pierre Hermé
72, Rue Bonaparte – Saint-Germain-des-Près
É uma das confeitarias mais chiques do mundo, especializadas em Macarons (aquelas bolachinhas de suspiros coloridos). Aos finais de semana, chega a ter fila na porta para compra-los.
7- Le Mathis Bar
3, rue de Ponthieu
Apontado como um dos bares mais chiques e caros de Paris, dentro do Hotel Mathis. Esse é para quem é chique mesmo!

8- Na rua do Hospital Marmottan (exatamente quando termina a Avenue Carnot e começa a Rue d’Armaillé, tem uma pâtisserie do lado direito, que tem um croque monsieur bem gostoso e com preço justo e muito melhor que em muitos restaurantes, que chegam a cobrar DEZ EUROS!
9- Compre um queijo chamado gaperon, que vende em lojas de queijos (fromageries). Esse queijo É muito especial, muito saboroso. Mas qualquer queijo em uma fromagerie é delicioso…. Na verdade, brincar de experimentar diversos queixos nas fromageries é muito divertido e gostoso... Eles são mais caros que no supermercado, mas é vale muito à pena.
10- Mesquita de Paris (Mosquée de Paris).
39 rue Geoffrey Saint-Hilaire
É um centro de cultura árabe, muito bonito. Eles servem couscouz marroquino maravilhoso, mas tem horários bem rígidos de almoço. De tarde pode-se ir lá para comer doces árabes e tomar chá, ao ar livre, dá até pra dar uma paquerada. Lá tem banho turco, mas um amigo me disse que é muito sujo e não vale a pena!
11- No coração do Marais existe um pequeno espaço chamado Pletzel ou Place des Juifs (Praça dos Judeus), na Rue des Rosiers, vários empórios judeus que vendem os bagels (ou begalis) que são pães típicos judaicos e dizem que nesse lugar você come o melhor pastrami do mundo. Um deles é a Boutique Sacha Finkelsztajn ou "Boutique Jeune" (www.laboutiquejaune.fr). Eu ainda acho que o melhor pastrami do mundo está no Katz Deli em New York, mas é bem gostoso comer nos pães com gergelim e cebola e cheio de recheios.

12- Fauchon
24,26,30 Place de la Madeleine
A Fauchon é o delirio dos gulosos: um empório gigante, com chocolates, chás, temperos, comidas, bebidas com um restaurante, um café, uma patisserie e um espaço de degustação de vinhos onde se pode sentar e comer. É realmente uma delicia e com preços bem “normais”. Recentemente concluí que a Fauchon é um pega-turista bem disfarçado. O lugar de fato é lindo, mas a qualidade das coisas que eu comprei lá deixam um pouco a desejar. Então pensei nisso ao invés de deixar muitos euros naqueles lugar....Mas de fato o lugar é lindo, e pode valer a pena pelo menos sentar-se no café e saborear algumas (caras) guloseimas. 

144 Rue Mouffetard, 75005

Esse restaurante, localizado no finalzinho da Rue Monge, foi um achado num momento de muita fome. Com pratos deliciosos e baratos, além de um atendimento excelente. Minha sugestão é o Cassoulette, composto de queijo reblochon grelhado com creme de leite, presunto e rilettes de batata. 





Passeios
Uma dica geral para visitar museus, monumentos, parques e igrejas, mas principalmente os museus é ir no final do dia. Por exemplo: se o museu fecha às 17h, recomendo chegar às 16, salvo se for muito grande, como o Louvre. Isso garante uma visita muito mais vazia e com muito menos turistas de grandes grupos de excursões, que ficam gritando e perturbando a paz alheia, sobretudo os que vêm do Japão, com suas máquinas e filmadoras possantes, durante sua única semana anual de férias.
1- Museu Pompidou - museu de arte contemporânea, bem interessante e com uma vista linda da cidade.

(http://www.musee-rodin.fr/)

3- Museu d´Orsay - fica numa antiga estação de trem , às margens do Sena. É um dos museus mais lindos de Paris, na minha opinião, porque além das peças maravilhosas, como o Pensador e a Porta do Inferno do Rodin, a Fêmea Suplicante, de Camille Claudel e a Bailarina de Degas, o espaço é realmente maravilhoso.
4- Ile Saint Louis - é a ilha mais cara de paris, tem vários restaurantes charmosos, e aquele sorvete de massa fantástico. É um lugar gostoso pra comer, passear de tarde, no pôr-do-sol. É ali mesmo, nas ruazinhas estreitas do bairro, que você poderá experimentar um dos sorvetes mais deliciosos do universo, o Berthillon. Além disso, as ruazinhas são repletas de lojas charmosas, pequenos restaurantes.
5- Torre Eiffel. - durante o dia tem muita fila pra subir na torre, eu recomendo ir de noite, porque além da torre ficar iluminada, a visão é linda.
6- Sainte Chapelle - é uma capela que fica dentro do Palácio da Justiça, à beira do Sena; sempre tem uma fila grande,mas vale à pena chegar cedo para visitar. Pra quem gosta, tem uns concertos na capela. Ela é tota feita de vitral, maravilhosa.
7- Jardim de Luxemboug - é um jardim imenso,lindo. Dentro fica o Palácio de Luxembourg e a Fonte de Médicis…maravilhosa…
8- Marais (lê-se “marré” – é o bairro gay e judeu de paris. Tem várias sinagogas, museus e mercadinhos, além de muitas lojas de estilistas alternativos e bugigangas interessantes. Lá tem a Place des Vosges, consideradas uma das praças mais bonitas do mundo. E de noite, vários bares, pequenas boates e restaurantes gays e gay-friendly.
9- Museu Louvre - eu particularmente nao gosto. Como ele é muito grande, cansa muito visitar ele inteiro no mesmo dia…. O ideal é ver a decepcionante Monalisa (ela é pequena como uma foto 3x4!!!!),  a aleijada Vênus de Millo e algum dos setores ou alguma exposição temporária…. Do contrário, perde-se um dia….
10- Galerias Laffaiette – É uma loja de departamentos muito chique. É enorme, separadas em homem, mulher, casa, etc…Vale à pena ver e às vezes tem algumas liquidações interessantes…
11- Tem um passeio que é bem coisa de "turista americano": um passeio de “segway”, por vários pontos, com direito a guia turístico....mas é uma delícia.... (http://www.citysegwaytours.com/paris/)
12- Palácio de Versailles – fica a quase uma hora de trem de Paris. É ideal reservar um dia inteiro para ficar. Como sempre digo, quem viu um Chateau, viu todos e, se esse for o primeiro, não precisa ver nenhum outro, porque é tudo igual... Mas vale à pena conhecer a Sala dos Espelhos, que é o que tem de mais diferente nele. A Casa da Maria Antonieta é fantástica, inclusive com vários de seus figurinos expostos. Na minha opinião, o que vale mesmo ver é o jardim, que é magnífico: é aí que se deve passar o dia e fazer piquenique. Quando estive lá, levei queijos, presuntos, baguettes e champagne “nacional”.... (Fazer piquienique só é brega no Brasil... na França é um hábito muito comum, inclusive à beira do Sena.
13- Passeio a Vincennes. Vincennes é um pequeno e sofisticado vilarejo nos arredores de Paris. É possível chegar facilmente de metrô, sendo a última estação da Linha 1 Amarela. Lá você encontra a estrela principal, que o Chateau de Vincennes, antiga morada dos reis antes de Versailles. Uma grande parte de suas construções foi destruída e recuperada no século 20, ainda ainda tem coisa bonita pra se ver, como a Donjon com os aposentos reais e a prisão e a Sainte Chapelle,  idealizadora da homônima de Paris, ambas construídas para abrigar os tesouros da realeza. O mais legal desse passeio é não ser abarrotado de turistas como em Versailles. Atrás do castelo há o Parc Floral de Paris, simpático e aprazível, bom para um pic-nic. Aos finais de semana são cobradas entradas, então imagino que deva ficar mais cheio. Também é possível visitar o Bois de Vincennes, um bosque com a vegetação local remanescente. 












14- Le Train Bleu na Gare de Lyon. A própria Gare de Lyon já é um espetáculo à parte. Um linda estação de trem, bem antiga, cheia de rococós, de onde partem trens para outras localidades da França. O Le Train Bleu é um bar-restaurante conservado no mais nobre estilo art-noveau e realmente vale uma visita. O lugar tem um cheirinho de "mofo imperial", mas não chega a provocar urticária. Atenção para o preço abusivo do cardápio, e recomendo tomar uma cerveja (€6,50), que custa mais barato que o café (€10). 

16- Chartes (no Vale do Loire) - é a cidade do Vale do Loire mais próxima de Paris, fica a menos de uma hora de trem. É muito charmosa e elegante. Abriga a maior catedral gótica do mundo. Na Catedral, você vai encontrar um labirinto dos peregrinos esculpido em pedra. E em frente a ela tem um restaurante, de esquina ( olhando para a igreja, ao lado direto...esqueci o nome..que servem sopa de peixe, escargots. É bem gostosinho e barato. 

17- Caso você decida alugar carro, tem um castelo que fiquei a 30 minutos de Paris – Chateau 
18- Se tiver tempo e dinheiro, pode pegar umas excursões de fim de semana e ir para o Vale do Loire ou qualquer outra região da França, porque é tudo pertinho e muito mais barato que Paris (sugiro também a região da Normandie ou Bretagne, porque o visual é muito diferente… Rouen é uma cidade linda, bem perto de paris onde Joana d’Arc foi presa e morta..é muito charmosa.
19- Fundação Louis Vuitton
Uma das últimas maravilhas construídas para agradar nossos olhos. Um arquitetura impressionante, dentro de um parque delicioso e com exposições fantásticas. Quando visitei a Fundação, calhou de ser um dia em que vários museus na cidade eram gratuitos e ainda tive a sorte de assistir a um concerto, com vista para o prédio da Fundação. 
20- Museu do Quai Branly
Demorei muito tempo para conhecer, mas é de fato, fascinante. Esse museu de arte africana e das Américas é um lugar imperdível na cidade, pela beleza do próprio museu e pela variedade de artes em exposição. 
Baladas gays…
Eu não fui a muitas baladas, mas o Marais tem vários bares gays muito legais...
A Queen é uma boate gay antiga, que dá muito turista, fica na Champs Elysées, mas é um lugar legal de ir, com um som bom, é bem grande e espaçosa. Fui numa no bairro Madaleine, mas não lembro o nome, onde dá mais música eletrônica, “barbies” carecas, tatuadas e drogadas (desculpe o pleonasmo....). É a The Week de Paris (desculpe o pleonasmo de novo...)
Há um tempo atrás, eu havia escrito no blog "O que não vale à pena em Paris..." e falava de Montmartre, a região da Sacre Coeur, e hoje faço uma correção. Quando eu fui pela primeira vez, achei cafona, abarrotada de turistas e essa Igreja um engodo. Mas, nos últimos anos, a região foi revitalizada é atualmente é um dos grandes points gastronômicos e culturais da cidade. Apesar das ladeiras, é um lugar charmoso, agradável para caminhar e a vista, lá de cima do pátio da igreja, é maravilhosa. 
Mas eu mantenho a minha opinião sobbre a Place de Ternes, que  fica atrás da igreja é um pega turista total..tudo é caríssimo e sem graça. No máximo conhecer a igreja, mas o melhor dela é vê-la de longe, como paisagem... A região do Moulin Rouge tem muitos restaurantes extremamente turísticos, bem de mau-gosto, mas toda essa decadência, o apelo erótico da reigão tem bem o seu charme. Cuidado apenas com os pick-pockets (trombadinhas), que são mais comuns nessa área. 
Para ficar...
Se você vai com “low-budget”, recomendo os albergues, como a YMCA. Em locais um pouco mais afastados, você acha hotéis legais e baratos, como um hotel design ao lado do Stade de France, cujo nome eu esqueci....Pardon... Uma outra opção é o Citadines (www.citadines.com) sendo as unidades mais baratas a de Montmartre (embora a região seja horrosora, o hotel é bem legalzinho...) e o dos Les Halles (eu particularmente não ficaria, porque fica cheia de “manos” e “trombadés” à noite . Esses são mais modernos, com banheiros privativos e sem elevadores velhos! Outra opção é alugar um apartamento que, dependendo da época, sai mais barato que o hotel. Consulte o site waytostay.com. Uma outra o opção é o 9 Hotel (www.le9hotel.com) que é um hotel design com preços bem baratos e é muito chique e morderno.
Bem, boa viagem e aproveitem bastante!!! O resto você vai descobrindo… se eu lembrar de mais alguma coisa, principalmente “après-séjour”, eu adiciono...
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Rue Saint Benôit,20 – Saint-Germain-des-Près

Esse restaurante é a versão original do restaurante do Olivier Anquier (L’Entrecôte de Ma Tante), que só serve um prato: um filé com molho de pimenta verde, fritas e salada. As variações são apenas o ponto da carne, as bebidas e as sobremesas. Há vinhos bons e baratos na carta. As atendentes falam inglês perfeitamente. Abre para almoço e jantar, mas convém chegar cedo porque a fila costuma ficar gigante na porta! Se você não abusar do vinho, o preço médio do jantar é cinquenta a sessenta Euros!




























13- La Touraine
39,rue Croulebarbe, 75013.
Conheci esse restaurante recentemente por indicação de um amigo. Despeça-se das vestimentas sofisticadas. É um pequeno bistrô, com decoração que vai de simples a cafona, localizado numa rua bem escondida. Mas a comida é fantástica e os preços, bem convidativos. Eles têm menus fixos e um vinho de garrafa bem honesto, além das proprietárias serem muito simpáticas.




14- Les Caves de Bourgogne

15- La Truffiere

4 rue Blainville- 75005 Paris
(http://www.la-truffiere.fr/)

Eu ainda não conheci, mas um amigo disse que um lugar fascinante, numa "caverninha" parisiense, com um Menu recheado de...trufas, trufas e mais trufas....Vale a pena dar uma olhada no cardápio e babar um pouco.








16- Bouillon Chartier (7 rue du Faubourg Montmartre - http://www.bouillon-chartier.com/index.php/en). O Chartier é um restaurante tipicamente francês, enfiando no atrio de um prédio. Os preços são baratos, o cardápio é variado e chega a fazer fila na porta. Certifique-se de saber bem o que está pedindo, para não comer coisas muito esquisitas.











17-Le Petit Canard
19 Rue Henry Monnier - Pigalle
Esse restaurante foi um achado incrível: todo o cardápio e toda a decoração baseados em patos. Come-se pato de todo jeito, todos maravilhosos e, ainda melhor, com preço justo. Um típico bistrô francês, com charme e bom atendimento dos propriertários. 

Place Georges Pompidou 
(http://www.centrepompidou.fr/)

2- Museu Rodin – é superbarato, tem um jardim lindo com peças do Rodin e obras da Camille Claudel. Você pode pagar para entrar no Museu e, se quiser, pagar apenas para entrar no Jardim e curtir o espaço, ao lado de várias obras do Rodin.
19, Rue Auguste Rodin


1, Rue de la Bellechasse
http://www.musee-orsay.fr/





4 Boulevard du Palais (http://sainte-chapelle.monuments-nationaux.fr/)


Ao lado da Sainte Chapelle tem a conciergerie, um porão onde ficou presa a Maria Antonieta e outros famosos. É interessante de ver, mas se você for uma pessoa “espiritualmente sensível”, não vá, porque eu me senti muito “down” lá embaixo….é meio tétrico.


Boulevard Saint Michel, perto da Universidade de Sorbonne








(http://www.galerieslafayette.com/)

















15- Marché d'Aligre / Marché Beauvais. (Place d' Aligre - http://marchedaligre.free.fr). Originalmente, o espaço coberto desse mercado era o lugar onde ficavam as crianças abandonas, à moda da roda dos enjeitados da Santa Casa de São Paulo. Há bastante tempo abriga um mercado público e uma grande soma de barracas de feira na rua ao lado do mercado. O mercado fecha cedo e descobri isso na prática, pois ao meio-dia já tinha suas portas fechadas e as barracas da feira começavam a ser desmontadas. Na praça, várias barraquinhas de roupas usadas, antiguidades e artesanatos. Atenção para as lojas de queijos, como a Fromager Affineur, onde encontrei deliciosos queijos trufados, além dos infinitos queijos das várias regiões da França e que vende, de tempos em tempos, uma deliciosa manteiga trufada. Na entrada da Rue d'Aligre, você encontra o Paris Pèche (17, Rue d'Aligre) que vende frutos do mar frescos e dispõe de algumas poucas mesas onde se pode saborear deliciosas iguarias preparadas na hora. 









d´Esclimont... é um castelo medieval de 1300, as diárias são a partir de 140 Euros para um casal...Vale à pena passar uns dois dias...O jantar é caro, tipo 200 Euros pessoa,mas é magnífico e muito chique.(http://www.grandes-etapes-francaises.fr/chateau_esclimont/fr/indexhome.php)



8 Avenue du Mahatma Gandhi

Dentro do Jardin d´Acclimatation 
http://www.fondationlouisvuitton.fr/


37 Quai Branly

http://www.quaibranly.fr



O Open Cafe (de cujo finado brasileiro L’Open deve ter “emprestado” o nome…) que é bem gostoso. Pra quem gosta de ursinhos, tem um que se chama Bear’s Den. O legal é que não se paga para entrar, então você pode ir circulando pelos bares até achar algum que agrade mais…
17,Rue des Archives
(http://www.opencafe.fr/)


102 Avenue des Champs Élysées 
(http://queen.fr/)