AS PÉSSIMAS FRASES DAS PESSOAS MÁS

Outro dia uma amiga perguntou se eu realmente acreditava que algumas pessoas fossem, de fato, más. Eu respondi que, em minhas andanças, não só acreditava como acabei confirmando que a maldade existe e não está num diabo, capeta ou seja lá o que o valha, mas no coração e na mente de algumas pessoas.
Uma velha conhecida sempre dizia que o verdadeiro mal era a ignorância. E ela não falava sobre a ignorância dos não-letrados ou dos desprovidos de inteligência. Fazia referência aos ignorantes da alma, de carcaça dura, que praticam maldades, que humilham, que ferem ou que são egoístas.
Hoje eu estava conversando com uma amiga sobre as maldades que as pessoas fazem. Contei a ela a história de uma mãe que, após ter cometido alguns erros graves com um de seus filhos, fingindo não entender o desprezo por parte dele, disse-lhe: “Filho querido, como vai? Você ainda lembra da sua mãe?”. Foi quando minha amiga falou: “É engraçado como essa é uma frase comum na boca das mães más”.
Eu tive que concordar com ela. Lembrei-me de outros exemplos de tantas outras pessoas que têm mães “difíceis”, egoístas, perversas e não bastasse toda essa maldade, desferem o último golpe dizendo: “Você se lembra da sua mãe?”.
Sim, todos esses filhos se lembram dessas mães. Primeiro porque é impossível esquecer da mãe que se tem; segundo porque é ainda mais impossível esquecer-se de mães como essas.
Péssimas mães, péssimas frases. Pode-se até supor que aquelas que ainda não são mães e estão acostumadas a proferirem péssimas frases, serão péssimas mães, simplesmente porque já são péssimas pessoas. E lamentavelmente SER péssimo pressupõe irreversibilidade. Alguém já ouviu falar que a bruxa da Branca de Neve virou fada? E alguém já pensou em um ex-Hitler? São estigmatas de uma péssima maternidade. Se Deus existe e acho que existe mesmo, que permita que péssimas pessoas não coloquem filhos no mundo, futuros sofredores como conseqüência de vidas doentias.
É claro que existem possibilidades. Filhos de péssimas mães podem resultar em pessoas incríveis e capazes de se libertarem desses grilhões de ódio e miséria. Mas como já perguntei a Deus uma vez, pergunto de novo: pra que tanta luta, meu Pai?