HABEMOS CURARE PAR ANULLUS FROUXUS
É, parece que o gigante acordou, mas está
meio “songomongo”, como quem acorda após anos de um coma que era aparentemente
irreversível. Desatento, desajeitado, pernas tortas e bambas. E enquanto o
gigante anda por aí, meio Frankenstein, amedrontando uns, desafiando outros,
causando orgulho em outros tantos, muitos fazem chacota dele.
Enquanto o gigante se movimenta pelas ruas,
pelo menos dois assuntos polêmicos “passaram” por debaixo de suas pernas: foi
aprovado o Ato Médico, que enfraquece em muito a idéia de um debate
multidisciplinar na saúde e a tal “cura gay”, proposta pelo tal inFelicianus.
Tudo bem, já marcaram revolução na Praça Roosevelt para sexta de tarde contra a
cura gay. Mas o fato é que ninguém conseguiu tirar esse cara da tal CDH e que
isso vai fomentar diversas medidas e mudanças no modo de pessoas tratarem essa
questão.
O Gigante acordou, e além de meio tonto, se
deparou com um monte de afazeres que abandonou por séculos, praticamente uma
vida inteira. Como aqueles drogados que se deparam com o farrapo de vida quando
enfim conseguem ficar abstinentes: melhor voltar a dormir.
Estou com medo. Não dos manifestantes, não
da suposta violência das ruas que as emissoras de TV insistem em divulgar.
Estou com medo que os “pais” cruéis desse Gigante se levantem e voltem a
trancá-lo. Há anos tenho visto crescerem as hordas evangélicas, edificando seus
templos, destruindo e atacando outras religiões, trancafiando pessoas em
clínicas de recuperação. Hoje eles estão no poder e praticamente mandam no
nosso país. A tomada evangélica é a próxima Inquisição, o próximo Holocausto. E
fique claro que, ao falar de “evangélicos”, refiro-me a essas gangues de
neopentecostais que procriam como baratas.
Eu não quero morrer em campos de
concentração gays, como fizeram nazistas e cubanos. Também não quero ser
submetido a torturas físicas e psicológicas para ser forçado a desistir da vida
e da minha existência singular, fingindo não ser mais gay e vivendo uma vida
infeliz ao lado de uma esposinha que esse Jesus-gângster guardou para mim. Só
há dois caminhos: fugir ou fingir. Talvez eu fuja, talvez eu finja. Talvez eu
finja porque não queira ficar longe de pessoas que amo, meus amigos
heterossexuais, minha irmã, meus sobrinhos. E se eu fingir, monto um
consultório de preservação da vida disfarçado de uma clínica de recuperação de
viados. Como o judeus em Portugal que tinham que pendurar as linguiças para
mostrarem que comiam carne de porco e acabaram inventado a alheira; como os negros
escravizados que cultuaram seus deuses escondidos em santos católicos; talvez
eu fique e finja. Mas que fique claro: estarei fingindo.
4 Comments:
Meu querido amigo, jamais fingir nem fugir, te amamos e isso basta!!!
Tenho vergonha do posicionamento de alguns evangélicos, que não vivem o que conhecem da Bíblia, o mandamento maior que é o AMOR!! Sou contra TOTALMENTE contra, que haja esse tipo de infiltração no poder, avacalharam com tudo. Creio num DEUS, que é SENHOR SOBERANO, e que nos ama INCONDICIONALMENTE, por que tenho total certeza que somos a imagem e semelhança DELE. SE somos sua imagem e semelhança, logo ELE tem a essência masculina e feminina. Querido continue sendo o que você é: AUTÊNTICO, e muito amado por sinal!!! Beijosssssssssss
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Vilma, minha linda! Lindas palavras. Não esperaria nada mais de você! Beijos!
Que Lindo mesmo!!!
Amo-te!
Beijos
Lu
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