Blog do Doutor Fofinho

"Tudo começou há algum tempo atrás na Ilha do Sol..." Há muitos anos eu montei esse blog, dando o nome "Le Cul du Tabou", inspirado por uma amiga, para falar sobre o tabu das coisas. Ganhei muitos seguidores, mas desde 2018 não escrevi mais nele. Estou retomando, agora com novo nome, o "Blog do Doutor Fofinho", muito mais a minha cara, minha identidade. Sejam bem vindos.

Friday, July 20, 2012

POUCAS E BOAS


É verdade que hoje é dia do amigo? Estão dizendo que sim. Mas tem quem diga que não. Beleza. Dá pra comemorar qualquer dia. Porque não é daquelas datas que temos obrigação de comprar o presente, porque senão o mundo cai: dia das mães, dia dos pais, dia dos namorados, aniversário do filho do amigo, casamento de primo, natal, páscoa. O verdadeiro amigo está lá, com ou sem presentes. O verdadeiro amigo não precisa de presentes. É lógico que eu gosto de dar e receber presentes em igual medida. Mas não existe aquela obrigação, aquele rush de comprar presente para o amigo. Até porque muitas vezes eles são muitos. E isso pode representar falência, endividamento e creditocídio. Mais do que parabenizar, esse dia me faz pensar. S-A-U-D-O-S-I-S-M-O. Penso nos amigos de todas as épocas. Penso naqueles que tive, penso naqueles que se foram, penso nos que desapareceram. Naqueles que, mesmo desaparecidos, continuo amando. Sou grato a todos eles porque fazem parte da minha história. Essa noite, já na virada meia-noite, conversei com uma grande amiga. Sem nem lembrar que já era o “nosso dia”, trocamos juras de amor, reafirmamos nossos votos. Ontem pensava aflito numa amiga que há tempos não vejo; essa semana fiquei triste com a notícia da doença de uma amiga. Vê? Os amigos estão por toda parte e estão o tempo todo em nossas vidas. Lógico que tem gente que não tem amigos; que tristeza! A amizade é aquela parentalidade escolhida, encontrada, ao invés da suportada, acidentalizada. Hoje, mais maduro, também me lembro dos amigos-parentes, dos amigos-família: irmãos, primos, tios e tias. Feliz de quem tem um pai-amigo ou uma mãe-amiga. Eu não desfruto dessa dádiva. Mas sou feliz com todos os outros. Tem também o marido-amigo, a esposa-amiga, o namorado-amigo. Esse eu tenho. E agradeço a Deus por isso.  Nos últimos anos, surgiu um tipo novo de amigo: o amigo-paciente. Pessoas que, por terem se tratado e melhorado, nos são gratos, nos têm como verdadeiros amigos. Eu já vi formatura, filho nascer, pai e mãe morrer, casamento, separação, escolhas, mudanças, quedas e ascensões. Em muitos casos, por tantas vezes, eu estava “lá”, torcendo por eles. Eu não apenas dou essas coisas. Também recebo. Conselhos, carinhos, acalantos, conforto, críticas. Tudo isso me faz pensar que eles são imprescindíveis. Não quero viver sem eles. 

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